Na circunstância, eu sou aquele: disperso, naufragado, desaparecido.
A dúvida é uma condição permanente.
Quero andar, voar, percorrer caminhos desconhecidos!
Mas temo que para dar um passo, querem que eu volte dois.
Penso...quero certeza! Certeza é bom, certeza parece adequado.
Sigo com meus vagos pensamentos.
Passo a controlar as palavras, medir os movimentos, prever a insana mente alheia.
E quando me vejo, estou perdido, para não dizer alienado.
E se o mundo parece abstrato e a incerteza uma realidade circundante,
O meio do muro parece um lugar aconchegante...
( 2005)
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